Prefeito Medrado Entrega SAAE de Valença a “Estrangeiro” para obter controle político e empresarial
Valença, 07 de janeiro de 2025
FOLHA DA COSTA

A recente nomeação de Paulo Vital Simoni como Diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Valença pelo prefeito Marcos Antonio Medrado tem gerado controvérsias e suscitado críticas entre os cidadãos.
Primeiramente, a escolha de um diretor de fora da cidade levanta questões sobre a conexão de Paulo com as necessidades locais. A gestão de serviços essenciais como água e esgoto exige não apenas conhecimento técnico, mas também uma compreensão profunda da realidade e das demandas da população. Nomear alguém que não possui raízes na comunidade pode resultar em decisões que não atendem adequadamente às necessidades dos cidadãos.
Além disso, a decisão de Medrado parece ignorar a importância de valorizar talentos locais. Valença possui profissionais capacitados e com experiência que poderiam ocupar cargos de liderança no SAAE. A falta de investimento em líderes locais pode levar a um sentimento de desconfiança e desmotivação entre os cidadãos, que veem suas competências sendo subestimadas.
Outro ponto crítico é a forma como a nomeação foi realizada. A falta de transparência e de um processo seletivo claro pode gerar a percepção de que a decisão foi tomada com base em interesses pessoais ou políticos, em vez de critérios técnicos e meritocráticos. Isso pode comprometer a credibilidade da administração municipal e aumentar a desconfiança da população em relação ao governo.
Ademais, muitos cidadãos acreditam que essa nomeação serve para fortalecer o controle político e empresarial de Medrado sobre o SAAE, entregando um serviço vital nas mãos de alguém que pode não ter compromisso com a comunidade, mas sim com interesses externos ou políticos.
Por fim, a nomeação retroativa a 1º de janeiro de 2025 também levanta questões sobre a legalidade e a ética dessa prática. É fundamental que as decisões administrativas sejam tomadas de forma transparente e dentro dos parâmetros legais, para garantir a confiança da população nas instituições públicas.